Os especialistas acreditam que quem vive com certos tipos de cancros têm maior probabilidade de desenvolver as complicações graves da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. As pessoas que estão a ser tratadas com imunossupressores estão particularmente sujeitas a desenvolver sintomas mais sérios, como a pneumonia, se forem infetadas. É por isso que muitas organizações e médicos estão a recomendar aos mais vulneráveis que tomem precauções adicionais. Reunimos alguns concelhos de fontes fiáveis para o ajudar a si e aos seus neste momento difícil.
Por favor lembre-se de que o conteúdo nesta página é fornecido apenas a título informativo. Embora tenhamos feito todos os esforços para nos assegurarmos que a informação neste artigo provém de fontes fiáveis, há poucas certezas acerca do coronavírus e estão constantemente a ser descobertos detalhes novos. Por favor esteja atento aos últimos conselhos do governo e do sistema nacional de saúde e aja de acordo com eles.
Coronavírus e cancro: quem é que corre maiores riscos?
Embora ainda haja muito por determinar acerca do novo coronavírus, já foi estabelecido que há grupos de risco para quem é mais provável desenvolver os sintomas mais graves da COVID-19 em caso de infeção. Segundo o SNS britânico, fazem parte deste grupo:
- Os transplantados e aqueles que estão a tomar imunossupressores
- Aqueles que estão a fazer (ou fizeram recentemente) quimioterapia ou radioterapia
- Aqueles que têm cancros que afetam o sangue ou a medula óssea, como a leucemia
Outros tratamentos para o cancro que podem afetar o sistema imunitário, como inibidores da tirosina-quinase, podem também aumentar o risco de complicações.
Fazer parte deste grupo não significa que tenha maiores probabilidades de apanhar o vírus. Significa antes que, se realmente o apanhar, é mais provável que desenvolva complicações sérias. É por existir esse risco que algumas organizações disponibilizaram conselhos adicionais para aqueles que têm ou tiveram cancro e para aqueles que lhes são próximos.
Recomendações para quem vive com a doença oncológica
Reunimos 5 conselhos de fontes fiáveis para quem vive com cancro.
1.Siga as precauções
É particularmente importante para aqueles que estão incluídos nos grupos de risco do coronavírus, incluindo aqueles que vivem com doenças oncológicas, adotar certas medidas para reduzir o risco de o contrair. Estas precauções incluem:
✔️ Evitar grupos e transportes públicos
✔️ Evitar viagens para zonas de surtos
✔️ Evitar quem estiver doente e pessoas que viajaram para zonas contaminadas
✔️ Lavar frequentemente e minuciosamente as mãos
✔️ Usar desinfetantes, especialmente depois de se tocar em objetos em que muita gente toca (maçanetas, corrimões, etc)
✔️ Não tocar na cara, especialmente na boca, nariz e olhos
✔️ Usar lenços descartáveis se tossir ou espirrar, e fazê-lo para a ligação entre o braço e o antebraço
✔️ Manter-se informado acerca das últimas restrições impostas no seu país e segui-las à risca
2. Discuta as opções de tratamento com o seu médico
Não há uma única forma de tratar o cancro. Os conselhos que lhe foram dados sobre a aderência ao tratamento mantêm-se válidos. No entanto, pode tentar discutir as suas preocupações com o seu médico.
Se precisa de ir ao hospital para receber algum tratamento, aconselhe-se com os profissionais de saúde sobre como deve proceder. A Sociedade Portuguesa de Oncologia avisa que:
“Se os doentes estiverem em vigilância, e sem sintomas, é pertinente considerar adiar o agendamento da consulta substituindo o agendamento por uma chamada telefónica caso isso não seja da iniciativa do centro / unidade de oncologia. Evitar deslocações ao hospital reduz o risco de adquirir a infeção.”
Em Portugal, o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-PORTO) e o de Lisboa (IPO-LISBOA) adotaram medidas preventivas para lidar o surto de COVID-19. Foram suspensas as visitas e as atividades formativas por tempo indeterminado e pede-se aos doentes oncológicos que não estejam internados para não se dirigirem ao IPO se tiverem sintomas de COVID-19.
3. Vacine-se
O sistema nacional de saúde britânico e algumas organizações internacionais recomendam ainda aos doentes oncológicos que se vacinem contra a gripe.
A vacina contra a gripe não o torna imune à COVID-19. Ajuda, no entanto, a que o seu corpo não esteja previamente enfraquecido por uma gripe se contrair o novo coronavírus. O mesmo se aplica à vacina pneumocócica. Se não tiver as vacinas em dia, deve contactar o seu médico para saber se se deve vacinar.
4. Siga estas dicas gerais
Há também medidas adicionais que pode adotar para se certificar que está preparado para lidar com o COVID-19 se for infetado.
✔️ Tenha uma dieta equilibrada, com bastantes frutas e vegetais.
✔️ Mantenha-se hidratado – beba bastante àgua.
✔️ Faça exercício. Há várias universidades e ginásios a disponibilizar aulas de desporto gratuitas, que pode seguir dentro de casa.
✔️ Embora não seja fácil, tente evitar o stress desnecessário.
✔️ Tente conseguir pelo menos 7 a 9 horas de sono. A privação de sono enfraquece o seu sistema imunitário.
Se ficar doente, ou com sintomas de COVID-19 ou com outra doença:
❌ Não apareça simplesmente no hospital ou centro de saúde
✔️ Ligue ao SNS 24 através do 808 242 424 ou, em caso de emergência, ao 112
Recursos úteis
Se tem ou vive com quem tenha uma doença oncológica, há algumas fontes em português que pode consultar para se manter atualizado acerca de como se deve proteger: